Notícia da Câmara |
24/08/2010 Marcelo Simão faz alerta sobre a situação financeira da Santa Casa Em seu discurso, o presidente da Câmara revelou números que apontam o baixo valor repassado pela prefeitura à instituição
Marcelo revelou que a Santa Casa Misericórdia de Santa Rita passa por grandes dificuldades financeiras. A instituição tem uma dívida considerável com fornecedores e seu prejuízo mensal é de aproximadamente R$ 30 mil com a manutenção do Pronto Socorro, além de déficit de repasses do SUS (Sistema Único de Saúde) no mesmo valor.
O vereador lembra que o Pronto Socorro é uma obrigação da Prefeitura, cumprida pela Santa Casa, por meio de um acordo de subvenção mensal. O repasse do governo municipal à instituição, para manutenção do PS, é de R$ 80 mil por mês.
Marcelo Simão levantou valores repassados às Santas Casas, que compõem o Parlamento Regional do Vale do Mogi. Em Santa Cruz das Palmeiras, Descalvado e Tambaú, o repasse de subvenção é muito maior.
Santa Cruz das Palmeiras, município de 34 mil habitantes e orçamento anual de R$ 38,3 milhões, destina R$ 175 mil por mês a sua Santa Casa. Descalvado, com 32 mil habitantes e orçamento de R$ 63 milhões, repassa mensalmente R$ 230 mil. E Tambaú, com 23 mil habitantes e orçamento de R$ 37,9 milhões, destina mais de R$ 200 mil a cada mês.
Comparado com esses municípios, Santa Rita com 27 mil habitantes e orçamento anual de R$ 50 milhões, a prefeitura local repassa apenas R$ 80 mil mensais a Santa Casa (R$ 960 mil por ano). O número representa pouco mais da metade que Santa Cruz das Palmeiras destina. Ou ainda 34,78% do repasse de Descalvado e 40% de Tambaú. E dos municípios citados, apenas a prefeitura de Descalvado possui um orçamento maior que o santarritense.
A situação é considerada grave pelo presidente, que pediu que essa mensagem chegue ao prefeito, através de sua liderança na Câmara, e que uma resposta positiva seja dada ao questionamento.
Marcelo afirma que serviços importantes, realizados há anos pela Santa Casa local, tida como uma das melhores da região, hoje não são mais oferecidos. Como exemplo, estão os curativos, agora encaminhados ao postinho de saúde. Para o vereador a Santa Casa está claramente cortando despesas, em busca de um equilíbrio financeiro e cabe à Prefeitura assumir essa obrigação, correndo o risco de no futuro a entidade não poder assumir o serviço de Pronto Socorro.
“Que o prefeito, por ser médico, possa socorrer a Santa Casa, pediu o presidente. “É uma das melhores da região, mas seu presente está difícil e o futuro será ainda mais difícil se não houver aporte financeiro compatível”, concluiu.
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